Os Consórcios são uma opção para quem deseja fazer a compra de um carro ou imóvel. Mas, hoje em dia existem várias outras soluções, o que torna necessário saber se essa modalidade ainda vale a pena para comprar o que deseja.
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Como funciona na prática?
É bom dizer, antes de mais nada, que esse é um modo de compra colaborativa. Ou seja, é uma iniciativa de alguns funcionários que começou em 1960 para juntar o valor suficiente para comprar bens. Essa ideia segue até hoje e pode ser usada para comprar:
- Carros, motos e outros veículos;
- Imóveis;
- Vários tipos de serviço.
O método como cada uma dessas medidas funciona depende, acima de tudo, de uma administradora. Afinal, é ela quem vai tratar de criar grupos com outras pessoas interessadas. Por fim, esse formato também é popular em outros países, como:
- Chile;
- Peru;
- Uruguai;
- Colômbia;
- Venezuela;
- Argentina;
- Paraguai.
Quais são as etapas dos Consórcios?
Para começar, o usuário deve fazer contato com uma agência para saber os planos. Em seguida, ela vai fornecer as informações e indicar os que estão de acordo com suas necessidades.
O próximo passo, então, é firmar o contrato e o número de parcelas para pagar. A partir disso, todo mundo que participa do grupo paga a mensalidade para formar o saldo de caixa.
Esse valor é importante porque em dado momento, uma ou mais pessoas podem ser contempladas. Além disso, são feitas assembleias em cada mês para ver esse e outros detalhes.
Contemplação, aquisição dos bens e fim do plano
A contemplação, acima de tudo, é o grande momento dos Consórcios para os participantes. Nesse sentido, pode-se dizer que é o que todo mundo mais espera que aconteça. Em resumo, é quando uma pessoa pode usar seu crédito para comprar.
Isso pode acontecer por meio de leilão ou de sorteio para obter um contemplado. Para essa pessoa, é o momento de usar o dinheiro que equivale ao valor à vista do bem. Por fim, o membro do grupo segue pagando até cumprir com todos os seus deveres.
Que tipo de custos existem nessa modalidade?
Antes de pensar em entrar nesse tipo de compra, é preciso saber esses detalhes. A princípio, não são tão numerosas, com apenas quatro principais taxas, os fundos comum e reserva, o seguro e a taxa de administração.
Fundo comum e fundo reserva
O tipo comum é o custo que se deve arcar para formar uma poupança. Ou seja, é a quantia que vai servir para comprar o bem desejado. Agora, o fundo reserva serve para cobrir possíveis imprevistos que ocorram com o grupo.
Seguro e taxa de administração
Essa é uma taxa que está prevista já no contrato de adesão do plano. Antes de tudo, ela funciona para quitar o saldo devedor em alguns casos como o de invalidez. A taxa de administração, por sua vez, é a taxa da agência por gerir todo o processo.
Qualquer pessoa pode fazer Consórcios?
Sim, desde que esse alguém seja maior de 18 anos. Entretanto, não há mais nenhum requisito que possa impedir alguém de aderir à modalidade. Ainda assim, é preciso pesquisar para achar um plano que se adeque ao que deseja.
Quais são as vantagens dessa modalidade?
Bem como outros formatos de compra, esse possui várias vantagens que valem a pena citar. Dessa maneira, conheça quais são todas elas para levar em conta antes de tentar fazer.
- Não é um formato que trabalha com juros, o que torna tudo mais acessível;
- Menos burocracia, como não ter análise de crédito;
- Dá mais poder de compra, já que a carta de crédito dá maior poder para negociar.
Os Consórcios possuem desvantagens?
Possuem sim e isso também é crucial para pensar sobre esse tipo de modalidade. Então, veja a seguir quais são esses pontos e compare com os benefícios para ajudar na sua decisão:
- A taxa de administração, em geral, é alta;
- O usuário depende dos outros membros do grupo, o que pode ser um problema;
- Risco de inflação;
- O valor pago não rende juros no caso de reembolso;
- O vínculo com o grupo segue mesmo depois da contemplação.
Possíveis situações para fazer um consórcio
Em geral, qualquer pessoa pode tentar fazer Consórcios para poder comprar algo. Portanto, para ajudar a sanar a dúvida, confira alguns contextos em que pode ser útil.
- Caso você possa esperar;
- Quando a pessoa não quer lidar com juros;
- Aos que querem ter mais disciplina;
- Para quem procura parcelas de valor mais baixo;
- Caso alguém busque formas mais flexíveis para pagar;
- Quem quer garantia, diferente do financiamento.
Os Consórcios valem a pena?
No fim das contas, essa dúvida é só o próprio usuário que pode responder. Afinal, é um formato de compra que ainda pode compensar em algumas situações. Porém, não é como se fosse muito usada nos dias atuais.
Como toda modalidade, ela possui seus pontos fortes e fracos e não tem muitos requisitos. Logo, qualquer um que seja maior de idade pode tentar adquirir um plano.
Vale lembrar, acima de tudo, que esse tipo de compra requer muito comprometimento do grupo. Portanto, é crucial que o próprio usuário tenha noção disso, bem como os outros participantes.
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