Riscos sistêmicos vs Riscos não sistêmicos e como se proteger

Riscos sistêmicos x riscos não-sistêmicos: como se proteger de verdade?

Riscos sistêmicos vs riscos não-sistêmicos são assuntos que devem ser conhecidos pelos investidores. Aliás, vale ressaltar que não há investimento que seja completamente seguro, todos possuem pontos de atenção.

Aprender as diferenças, no entanto, pode ajudar você a salvar os seus ativos. Então, neste artigo você vai entender o que é cada um. Além disso, também vai conhecer maneiras de se proteger sem perder a chance de lucro.

O que são riscos sistêmicos vs riscos não-sistêmicos

Riscos sistêmicos vs riscos não-sistêmicos são pontos importantes ao formar sua carteira de investimentos. Portanto, estes são dois grupos de atenção nesse tipo de segmento.

Compreender essas diferenças demonstra que não há investimentos 100% seguros. Assim, entender o assunto ajuda a saber o quanto você pode se expor enquanto realiza suas operações.

Riscos sistêmicos

Também chamados de riscos sistemáticos, são os que costumam mexer com toda a economia, por exemplo:

  • Colapso nos sistemas financeiro ou de capitais;
  • Grande variação da inflação ou do dólar;
  • Crise política;
  • Queda do PIB;
  • Insegurança no sistema jurídico do país;
  • Oscilação da taxa Selic.

Na explicação sobre riscos sistêmicos vs riscos não-sistêmicos, o primeiro é difícil de reduzir. Afinal, ele é causado por um evento que impacta muito o sistema financeiro.

Como as instituições financeiras são muito conectadas, alguns avisos desses riscos podem ser identificados. Por exemplo, quando um grupo financeiro está sem condições de pagar o outro.

Riscos não-sistêmicos

Os riscos não-sistemáticos são os que ocorrem com uma empresa em específico. Assim, o impacto pode ser reduzido já que só afeta apenas um setor.

Um exemplo prático é quando ocorre uma greve dos trabalhadores da área de construção civil. Portanto, o investidor que tiver ativos em dinheiro ou ações sofrerá as consequências desse fato.

Dos riscos sistêmicos vs riscos não-sistêmicos, os não sistemáticos possuem um grande número de razões. Então, a seguir, você confere as três principais que podem surgir:

  • Crédito;
  • Liquidez;
  • Mercado.

Tipos de riscos não-sistêmicos

A seguir, entenda os tipos de riscos não sistêmicos que podem acontecer.

Crédito

Esse risco se relaciona com a possibilidade do não pagamento aos investidores após emissão de título. Ou seja, o popular “calote”.

Este tipo se conecta muito com o perfil das instituições que oferecem algum investimento. Outros exemplos dele são:

  • Título público: quando há o risco dos investidores não receberem o dinheiro pelo governo;
  • Debênture: quando uma empresa emite o título e não paga.

Sobre os riscos sistêmicos vs riscos não-sistêmicos, este segundo pode ser minimizado. Aliás, uma forma é usando investimentos assegurados pelo Fundo Garantidor de Crédito, como: 

  • Poupança;
  • CDBs;
  • LCA;
  • LCI.

Liquidez

Este tipo de risco surge quando o investidor enfrenta dificuldades de transformar seus ativos em dinheiro. Os tipos de liquidez são variados, com opções diárias de resgate ou possuir prazo para resgate.

Mercado

Esse risco ocorre quando o investidor lida com as oscilações do mercado. Então, são variações que podem ocorrer como:

  • Taxa de juros:
  • Taxa de Câmbio;
  • Mercado acionário.

As diferenças entre riscos sistêmicos x riscos não-sistêmicos

A maior diferença entre esses tipos de risco diz respeito à diversificação de investimentos. Assim, os riscos não sistêmicos podem ser amenizados usando essa estratégia de maneira correta.

Quanto aos riscos sistêmicos, não se pode dizer a mesma coisa, afinal, não há proteção, porque pode afetar toda a economia, inclusive em cenário global.

Diversificação da carteira de investimentos

O conceito dessa maneira de se proteger dos riscos não sistemáticos consiste em dividir capital. Então, basta que seja parte dele, fragmentando-o em vários outros ativos. Dessa forma, a exposição aos riscos pode ser reduzida.

Sem deixar de lado os riscos sistêmicos vs riscos não sistêmicos, entra uma nova diferenciação. Assim, existe a diversificação e também a pulverização, que precisam ser explicadas.

A pulverização x diversificação

Em geral, o que pode ajudar a distinguir esses dois termos é a correlação entre os ativos da carteira. Sendo assim, podemos classificá-los como:

  • Negativa: ocorre quando os ativos tomam rumos opostos;
  • Neutra: é o caso em que a movimentação dos ativos sequer se conecta;
  • Positiva: acontece quando estão se movimentando em direções iguais.

Qual corre menos riscos?

Os riscos podem ser minimizados usando a estratégia de diversificação com correlação negativa. Afinal, com ela você pode desenvolver várias camadas para proteger-se do risco não sistêmico.

A pulverização consiste em comprar um número desequilibrado de ativos, minimizando a chance de lucrar. Além disso, suas opções de aplicação envolvem correlação positiva, que não protege contra esse risco.

Qual o número ideal?

Sobre os riscos sistêmicos vs riscos não-sistêmicos e diversificação de ativos, temos a teoria da carteira. O criador dela, Harry Markowitz, estabelece que a quantidade deve ser de 15 a 20 ativos. Assim, esse acaba sendo o melhor intervalo para manter-se seguro.

Como analisar os riscos sistêmicos vs riscos não sistêmicos

Tratando-se dos riscos sistêmicos, há uma maneira de medir, usando o coeficiente beta. Esse modo serve tanto para ativos em particular, quanto para carteiras.

Isso acontece devido a esse risco influenciar a economia de maneira geral. Então, a métrica ajuda a observar os valores do ativo conforme a variação do mercado. Assim, o coeficiente funciona da seguinte forma:

  • Maior do que 1: carteira ou ativo com risco ultrapassando o mercado;
  • Igual a 1: risco da carteira ou ativo com risco igual ao mercado;
  • Menor do que 1: quando a carteira ou ativo possui risco menor do que o mercado;

Fique atento aos riscos sistêmicos x riscos não-sistêmicos

Qualquer tipo de investimento que você venha a fazer, possuirá riscos. Logo, não é muito inteligente ignorar os tipos de riscos, na verdade, é importante proteger-se.

Conhecer cada tipo de risco pode ser fundamental para saber como agir em eventuais problemas. Ainda mais hoje em dia, afinal as coisas acontecem rapidamente, exigindo atenção.

Saber se está lidando com um risco sistêmico ou não sistêmico é o primeiro passo. Contudo, é fundamental se manter atento e, no caso do não sistêmico, diversificar a sua carteira corretamente.

Aplique os conceitos apresentados e evite problemas com seus investimentos. Além disso, consegue garantir resultados positivos e bons lucros.

Foto de Matt Moloney em StockSnap

Brasileiro, investidor curioso de renda variável, professor de pós-graduação na PUC Minas na área de Marketing Digital, atua como Consultor de Marketing Digital e Gestão de CRM atendendo empresas de diversos portes. Tem formação em Business Marketing pela Ohio University, Gestão de Pessoas e Especialista em Desenvolvimento Web pela PUC Minas e Produtor Multimídia pela UniBH. Também é fundador do Diário de Investimentos, Aplicativo Tricks (Guia Radical) e da Digitow - Plataforma de Digitação. No tempo livre é fotógrafo, viajante no mundo e praticante de esportes radicais. blogueiro no portal de experiências CV do Fábio.
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