Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) se adaptam a captar recursos para o setor imobiliário por meio do mercado de capitais. No entanto, entender o funcionamento é essencial para avaliar se eles se adequam ao seu perfil de investimento.
Neste guia, então, explore em detalhes o que são, seus tipos, bem como, as vantagens e riscos, além de conhecer as melhores práticas para investir com segurança.
O que é um Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI)?
Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) são títulos emitidos por securitizadoras para captar recursos destinados ao setor imobiliário.
Esses certificados representam uma fração de créditos imobiliários, que podem vir de financiamentos para:
- construção;
- compra de imóveis;
- ou qualquer outro crédito relacionado a esse setor.
Assim, é uma forma de as empresas obterem capital para suas operações, enquanto investidores individuais têm a oportunidade de diversificar sua carteira com um produto atrelado ao mercado imobiliário.
Definição e origem do termo
O CRI surgiu no Brasil como uma alternativa para financiar o setor imobiliário, oferecendo ao investidor um título lastreado em recebíveis desse segmento.
Assim, a regulamentação e emissão no país seguem as normas estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que garante uma base sólida para sua negociação no mercado de capitais.
Papel no mercado de investimentos imobiliários
No mercado de investimentos, eles cumprem um papel importante ao oferecer ao investidor uma opção de renda fixa que apresenta correlação com o setor imobiliário.
Diferente de imóveis físicos, ele permite a exposição ao setor sem a necessidade de lidar com burocracias de compra, venda ou manutenção de propriedades.
Desse modo, os investidores buscam CRIs para se beneficiar da valorização do setor, aproveitando o potencial de retorno que acompanha a expansão imobiliária.
Quais são os tipos de CRIs disponíveis no mercado?
O mercado oferece diferentes tipos, a fim de atender aos variados perfis e objetivos de investidores. Cada um, então, apresenta características específicas que influenciam a rentabilidade e a segurança do título.
CRI prefixado, pós-fixado e híbrido
Os CRIs podem ser prefixados, com uma taxa de rendimento estabelecida no momento da emissão, garantindo previsibilidade ao investidor.
Já os pós-fixados, por outro lado, têm sua rentabilidade atrelada a índices de referência, como o IPCA ou o CDI, permitindo que o rendimento acompanhe a inflação ou a taxa de juros do mercado.
Há também os híbridos, que combinam uma taxa fixa e uma variável, assim, oferecendo uma mescla de segurança e potencial de ganhos superiores em cenários de alta inflação.
Diferença entre CRI e CRA
Apesar de ambos serem Certificados de Recebíveis, se destinam ao setor imobiliário, enquanto o CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) foca no setor agrícola.
Ambos os títulos são similares na estrutura, mas divergem no setor de origem dos recebíveis, oferecendo ao investidor a possibilidade de escolher entre a exposição ao mercado imobiliário ou ao agronegócio.
Quais são as vantagens de investir em CRI?
Investir em CRI proporciona diversos benefícios que atraem investidores em busca de diversificação e potencial de valorização, além de vantagens fiscais interessantes.
Benefícios fiscais e rentabilidade
Uma das principais vantagens do investimento é a isenção de imposto de renda para pessoas físicas, o que torna sua rentabilidade ainda mais atrativa.
Além disso, eles tendem a oferecer retornos superiores em comparação com outros títulos de renda fixa, uma vez que são lastreados em operações imobiliárias, um setor com potencial de valorização contínua.
Proteção contra a inflação e diversificação da carteira
CRIs atrelados a índices como o IPCA oferecem proteção contra a inflação, pois ajustam sua rentabilidade conforme o índice inflacionário.
Esse tipo de investimento também contribui para a diversificação da carteira, oferecendo exposição ao setor imobiliário sem a necessidade de aquisição de imóveis, o que diminui riscos e aumenta as oportunidades de retorno em diferentes cenários econômicos.
Quais são os riscos envolvidos no investimento em CRI?
Embora atrativos, os CRIs apresentam riscos específicos que devem ser considerados cuidadosamente antes da decisão de investimento.
Risco de crédito
O principal risco associado aos CRIs é o risco de crédito, que refere-se à possibilidade de inadimplência dos devedores dos recebíveis que lastreiam o título.
Esse risco pode ser minimizado com uma análise detalhada das empresas emissoras e dos projetos financiados, a fim de verificar a solidez e a capacidade financeira dos envolvidos na operação.
Risco de liquidez e volatilidade de mercado
Outro ponto de atenção é o risco de liquidez, pois os CRIs não possuem um mercado secundário tão líquido quanto os títulos públicos.
Em outras palavras, pode ser mais difícil vender o CRI antes do vencimento, dependendo da demanda no mercado. Além disso, mudanças nas taxas de juros e na economia podem impactar o valor de mercado desses títulos, aumentando sua volatilidade.
Como investir em CRI de forma segura?
Investir em CRI requer conhecimento e atenção a detalhes para garantir uma escolha segura e adequada ao perfil do investidor.
Escolha de intermediários e análise do emissor
Para investir com segurança, é essencial escolher intermediários financeiros confiáveis e realizar uma análise minuciosa do emissor.
Avaliar a saúde financeira e o histórico de crédito da empresa que securitiza os recebíveis é crucial, pois isso indica a probabilidade de retorno seguro e lucrativo do investimento.
Dicas para avaliar a segurança do CRI
Ao considerar um investimento em CRI, o investidor deve observar se o título possui garantias adicionais, como seguros ou fundos de reserva, que podem aumentar a segurança.
Além disso, recomenda-se analisar a classificação de risco do CRI, realizada por agências de rating, para entender o nível de segurança do título em questão.
O CRI é o investimento certo para o seu perfil?
Cada tipo de investimento se ajusta melhor a um determinado perfil de investidor. Assim, avaliar se o CRI é a escolha ideal requer análise de objetivos e tolerância a riscos.
Perfil de investidor e adequação do CRI
O CRI é mais adequado para investidores que buscam diversificação com uma alternativa de renda fixa atrelada ao setor imobiliário, e que estejam dispostos a lidar com os riscos específicos, como o de crédito e liquidez.
Em geral, perfis moderados e arrojados, de fato, se identificam mais com os CRIs devido ao potencial de retorno acima da média e ao benefício fiscal.
Comparação com outros tipos de investimentos imobiliários
Em comparação com fundos imobiliários ou a compra direta de imóveis, o CRI oferece uma forma menos burocrática e mais acessível de investimento no setor imobiliário.
Embora não proporcione o mesmo nível de liquidez dos fundos, ele permite exposição ao mercado imobiliário sem os custos elevados de aquisição e manutenção de um imóvel.
O que mais saber sobre os CRI?
Veja, então, as perguntas mais comuns sobre o assunto.
O que diferencia o CRI de outros investimentos imobiliários?
O CRI é um título de renda fixa lastreado em recebíveis imobiliários, diferente dos fundos imobiliários que possuem participação em imóveis físicos.
Quais impostos incidem sobre o CRI?
Para pessoas físicas, aliás, o investimento em CRI é isento de imposto de renda, tornando-o atrativo pela maior rentabilidade líquida.
O que é o risco de crédito nos investimentos em CRI?
O risco de crédito representa a chance de inadimplência dos devedores dos recebíveis que lastreiam o CRI, impactando o retorno.
Qual o prazo típico para investimentos em CRI?
O prazo varia, mas a maioria dos CRIs possui vencimento de médio a longo prazo, ideal para investidores com horizonte de tempo mais extenso.
Como o CRI se comporta em cenários de alta inflação?
CRIs atrelados ao IPCA ajustam sua rentabilidade com a inflação, protegendo o poder de compra do investidor nesses períodos.
